Leonard Ravenhill - Pregador, com tudo que possuis, adquire unção.
Na
igreja moderna, a reunião de oração é uma espécie de Cinderela. Essa serva do
Senhor é desprezada e desdenhada porque não se adorna com as pérolas do
intelectualismo, nem se veste com as sedas da Filosofia; nem se acha ataviada
com o diadema da Psicologia. Mas se apresenta com a roupagem simples da
sinceridade e da humildade, e por isso não tem receio de se ajoelhar.
O
“mal” da oração é que ela não se acha necessariamente associada a grandes
façanhas mentais. (Não quero dizer, porém, que se confunda com preguiça
mental). A oração só exige um requisito: a espiritualidade. Ninguém precisa ser
espiritual para pregar, isto é, a preparação e pregação de um sermão perfeito
segundo as regras da homilética e com exatidão exegética, não requer
espiritualidade.
Qualquer
um que possua boa memória, vasto conhecimento, forte personalidade, vontade,
autoconfiança e uma boa biblioteca pode pregar em qualquer púlpito hoje em dia.
E uma pregação dessas pode sensibilizar as pessoas; mas a oração move o coração
de Deus.
A
pregação toca o que é temporal; a oração, o que é eterno. O púlpito pode ser
uma vitrine onde expomos nossos talentos; o aposento da oração, pelo contrário,
desestimula toda a vaidade pessoal.
A
grande tragédia de nossos dias é que existem muitos pregadores sem vida, no
púlpito, entregando sermões sem vida, a ouvintes sem vida. Que lástima! Tenho
constatado um fato muito estranho que ocorre até mesmo em igrejas
fundamentalistas: a pregação sem unção.
E o
que é unção? Não sei. Mas sei muito bem o que é não ter unção (ou pelo menos
sei quando não estou ungido). Uma pregação sem unção mata a alma do ouvinte, em
vez de vivificá-la. Se o pregador não estiver ungido, a Palavra não tem vida.
Pregador, com tudo que possuis, adquire unção.
[Por
que Tarda o Pleno Avivamento? Leonard Ravenhill]
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