De Deus não se zomba

Perdoar os meus inimigos é o meu dever como cristão

Todavia, se o meu inimigo zomba do perdão que recebe

Se pisa nas minhas intenções de paz

E vê isso como uma fraqueza minha e se aproveita

E intensifica contra mim a sua raiva e a sua fúria

Atormentando continuamente a minha vida

Procurando todos os meios possíveis

Para me caluniar, ferir, matar, roubar e destruir

Então, não há absolutamente nada

Que me impeça de ir a Deus

Em jejum e oração

Porque a minha luta

Não é contra a carne e o sangue

E pedir para que ele me salve e me livre

De uma vez por todas

Da presença ingrata e oportunista

Desse inimigo sanguinário e cruel

Porque o Deus            

Que insiste para perdoarmos

Nossos inimigos e perseguidores

E o mesmo Deus que promete nos guardar

E tratar diretamente - de modo definitivo

Com aqueles que - continuamente

Apesar de nossas orações, perdão

E oferecimento recorrente de paz

Nos ameaçam, nos ferem e nos perseguem
E pelo simples prazer de nos ver sofrer
Amontoam - sem cessar 
Sobre o nosso coração 
Já tão ofegante e absurdamente cansado 
Das lutas naturais da existência
Os múltiplos  e insuportáveis fardos 
De suas acusações, calúnias, ameaças 
Cobiças, oportunismos, iras e fúrias

Sim, De Deus não se zomba... Ele cuida dos seus

Tudo tem um limite... O inimigo que não aceita o perdão

Mas continua na sua maldade... Não durará para sempre

Num instante... num piscar de olhos... deixará de ser

Desaparecerá - para sempre - como palha devorada pelo fogo

Sim, Deus é amor, mas também é justiça

É amor, mas também é fogo consumidor

No seu tempo, de uma vez por todas

Os lobos que cercam e ameaçam

Aqueles que são de Deus

E esperam nele o seu socorro

Terão que se ver - face a face

Com um poderoso e definitivo Leão... É isso.

_VBMello