Para te adorar Senhor, foi que eu nasci

No coração e nos pensamentos
Dentro e fora da alma
Tudo entra nos eixos
E a vida realmente
Começa a fazer algum sentido
Quando o nosso coração
Acorda do egoísmo e desperta da vaidade
E, pela graça de Deus, de uma vez por todas
Descobrimos, cremos e aceitamos
Que não nascemos para adorar a nós mesmos
Mas para adorar unicamente a Deus, que é, por direito imutável
O único e verdadeiro centro possível de uma vida saudável e equilibrada



Antes dessa descoberta fundamental
Até as maiores distâncias que os olhos alcançam
Dentro e fora da alma
Tudo é guerra e rumor de guerra
E no fundo sombrio desse nosso combalido ser
Dez mil metros abaixo das defesas
De nossas máscaras e dissimulação
Onde a vida estremece em completa solidão
Na alma, no coração e nos pensamentos
Completamente solitários e perdidos
Vivendo em grande e densa escuridão
Fingindo uma felicidade marcada por sorrisos trêmulos
Desperdiçamos o melhor tempo dessa nossa breve vida
Alimentando o nosso Ego, tateando em pleno meio-dia
Famintos de vida e sentido
Transformando pedras em pães
Pulando do pináculo de qualquer templo
Adorando qualquer coisa, menos a Deus
Negociando, vendendo e barganhando a vida
Em troca de pouco de prazer e amor-próprio
E, todo dia, o tempo todo, sem cessar
Perdemos - sem perceber - o nosso preciso tempo
Grosseiramente correndo atrás de mil ilusões
Que não geram nenhum tipo de vida, esperança ou paz
Sonhando acordado e nunca realizando coisa alguma de valor
Andando em círculos, continuamente aflitos e ansiosos
Sempre colocando a carroça na frente dos cavalos
Acumulando amarguras, tropeçando em mil decepções
Paralisados e perplexos diante do rumor de esperanças vazias
Que prometem um futuro de paz e segurança, que nunca vem
Tomados pelo medo, espiritualmente indiferentes e indolentes
Sem rumo certo na vida e apavorados e derrotados
Diante do avanço constante do rugido assustador da morte



Feridos de alma e sempre na defensiva
Com as mãos cheias de pedras
O semblante pesado e a língua sempre afiada
Acusando os outros, maldizendo o destino
Amaldiçoando a vida e reclamando da sorte



Desafiando Deus, o mundo e o diabo para a guerra
Ininterruptamente sensíveis para o pecado na vida dos outros
Incapazes de verdadeira humildade, compaixão e misericórdia
E permanentemente cegos e insensíveis para a trave
Que cega e mata a nossa sensibilidade de coração
Olhando a fuçando tudo em busca de erros
Mas impossibilitados até mesmo do exercício
De um breve, silencioso e simples autoexame
Que leve - ao menos por um momento
A reconhecer em nós mesmos e não nos outros
A existência oculta, dissimulada, vazia e egoísta
Do maior e mais miserável de todos os pecadores
Pelo qual Jesus Cristo morreu naquela famigerada cruz...

_VBMello 

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