Peregrino...
Como o vivo vento forte do Norte
Que sob o firmamento desta era
Atraído pela viva chama de vida
Que está muito além do alcance
De tudo, que o dinheiro pode comprar
Ou a mentira tomar e construir
Ou a hipocrisia barganhar
Que sob o firmamento desta era
Atraído pela viva chama de vida
Que está muito além do alcance
De tudo, que o dinheiro pode comprar
Ou a mentira tomar e construir
Ou a hipocrisia barganhar
Vento incansável do Norte
Que percorre longas distâncias
Que percorre longas distâncias
Ou como os rios que correm a terra
E mergulham na direção do mar
Através da minha solidão
Pois é em profunda solidão
Ligado ao Espírito de Deus
Que um homem forja
A riqueza da sua alma
E dos meus dias de alegria
Pois é vivendo em comunhão
Que um homem compartilha
As riquezas do seu coração
Sou
peregrino nesta terra
O meu
caminho é estreito
Mas os
meus motivos
São puros
e elevados
Diante da
noite escura
Não fujo,
nem retrocedo
Os
fantasmas do passado
Não me ferem,
nem me assustam
O futuro,
não me deslumbra
Neste
tempo chamado presente
Num chão de dias sombrios e farto
De buscas e expectativas escorregadias
Num chão de dias sombrios e farto
De buscas e expectativas escorregadias
Não aprofundo as minhas raízes
Nem respondo chamados incertos
Não sou planta do chão deste mundo
Nem respondo chamados incertos
Não sou planta do chão deste mundo
Levo nas
profundezas do coração
Sementes que só
germinarão na eternidade
Das aventuras e desventuras desta vida
Não
alimento saudades, nem tristezas
Só levo o que me alimenta para a vida eterna...
O meu espírito conhece as alturas do céu
E a minha alma não desconhece
As misérias e aflições desta vida
Do reino das trevas, eu, sem saber
Já fui um tolo cidadão...
Agora tenho outra cidadania
E a minha face não suporta máscaras
Desviado do caminho das banalidades
Do reino das trevas, eu, sem saber
Já fui um tolo cidadão...
Agora tenho outra cidadania
E a minha face não suporta máscaras
Desviado do caminho das banalidades
O meu coração tem sede de eternidade
Os meus sonhos não são angustiantes
Da solidão, que é onde
Entre cardos e abrolhos
Com o suor do meu rosto
Eu garimpo os tesouros
Da minha alma, sou irmão...
Entre cardos e abrolhos
Com o suor do meu rosto
Eu garimpo os tesouros
Da minha alma, sou irmão...
Da esperança, eu sou filho
Desta vida, sou órfão...
Da vida que vem nas nuvens, sou herdeiro
Nas profundezas de mim
Onde ninguém perturba
Ou demônio tenta
Vivo em paz com Deus
Aquilo que um homem é
Produz - necessariamente
Amor ou ódio
Inveja ou admiração
Paz ou provocação
Amizade ou inimizade
Fidelidade ou traição
Compromisso ou desprezo
Indiferença ou imitação
Quem me vê, me odeia ou me ama
Produz - necessariamente
Amor ou ódio
Inveja ou admiração
Paz ou provocação
Amizade ou inimizade
Fidelidade ou traição
Compromisso ou desprezo
Indiferença ou imitação
Quem me vê, me odeia ou me ama
Me abraça ou me sufoca
Ajunta ou espalha, fica ou foge
Não sei andar em cima do muro
Não sou homem ilusões
Não tenho crenças
O meu Deus e Senhor
Não é uma projeção
Das minhas loucuras
O meu Deus e Senhor
Não é uma projeção
Das minhas loucuras
E a minha fé, pobre de mim!
A minha fé – pobre de mim!
Vital cordão umbilical
Que - em espírito de oração e gratidão
Me conserva unido ao Espírito de Deus
Vital cordão umbilical
Que - em espírito de oração e gratidão
Me conserva unido ao Espírito de Deus
É do tamanho de um diminuto grão de mostarda
Sou pobre e humilde
Mas eu não vivo por viver
Não corro em disparada
Como quem se guia
Por cobiça e ambições
Nem ando como quem
Come o mundo com os olhos
No mar, não navego
Como quem está perdido
No deserto árido e profundo
Os meus olhos e os meus passos
Os meus olhos e os meus passos
Não são pesados... A minha alma é leve
Sei para onde estou indo
Conheço o segredo do mistério
Que fascina o meu coração
A minha pátria – o céu
De eternidade em eternidade
Permanece imutável, esperando
Nem vento, nem temporais
Tem poder contra ela
Não levo bagagens
Levo esperanças
Levo esperanças
Não me demoro
Diante do que
O dinheiro
Pode comprar
Nem me encanto
Com as luzes do mundo
Nem me encanto
Com as luzes do mundo
Sou pobre de coisas
Que a ferrugem corrói
E a traça come e devora
Sou imensamente rico de coisas
Que não faz falta a ninguém
A minha riqueza
Não pode ser roubada
Não pode ser roubada
Por isso, são poucos
Os que se demoram comigo
Menos ainda, os que andam comigo
A minha estrada é longa
Cruza mares, rios, abismos
Vales, florestas e desertos
É preciso ter fome de longas
distâncias
Para percorrê-la comigo, sem se
cansar
A minha missão é deixar Deus
Construir um templo em mim
Os dias passam, os dias vão
E eu caminho por caminhos
Que os meus antepassados
Nunca ouviram falar
No chão do meu coração
Deus ergue as colunas
Da sua morada
Da minha alma
Ele faz uma praça
Onde, pela viração do dia
Passeia e fala comigo
O meu coração é uma fonte
Que corre para a eternidade...
_VBMello
É isso!!!!
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