Filhos do Deus...
Por toda parte, do nascer ao pôr do sol
A alma do mundo geme infeccionada
Por agentes de angústia, desespero
Desamor, cobiça e incredulidade
Não há justiça, nem paz
Não há humildade, nem verdade
Densas trevas cobrem a terra
E a escuridão envolve os povos
Ao meio-dia tateiam como se fosse noite
Não há justiça, nem paz
Não há humildade, nem verdade
Densas trevas cobrem a terra
E a escuridão envolve os povos
Ao meio-dia tateiam como se fosse noite
O espírito do nosso tempo está absurdamente
doente
Agoniza e morre sob o fogo voraz dos seus muitos
pecados
Colhe os frutos apodrecidos do seu egoísmo e vaidade
E arrastado pelo peso da sua falta de compaixão
Afunda e se afoga na imundície da sua própria indiferença
Por toda parte, até os lugares mais distantes
Que os nossos olhos alcançam
E os nossos ouvidos podem escutar
Tudo que é sólido, desmorona no ar
O espírito do mundo
Coberto de ansiedade
Pecado, cobiça e medo
Esmorece, geme, vacila
E desmaia dentro dele
E não há quem o socorra
Cresce a cultura de morte - e por toda parte
Os moradores da terra, tomados de incerteza
Buscam conforto em falsos mestres de espiritualidade
Outros, igualmente insensatos, desprezam a Deus
E, tomados por amor ao dinheiro e paixão pelo
poder
Empinam o nariz e amontoam em torno de si
Uma supérflua montanha de coisas
Que o dinheiro pode comprar
Todavia, cheios de tudo
Permanecem vazios de alma
Vez ou outra, olham para o lado
E dizem: É só isso, a vida?
Dia após dia, como uma doença que se alastra rápido
As fomes da alma do homem do nosso tempo
Se multiplicam sem ter que as possa saciar
A depressão prospera e aniquila
A solidão finca raízes em todos os corações
E o suicídio ameaça subir na escala
Das principais causas de morte
De jovens, adultos e velhos
Sim, o mundo desmorona
Loucos tomam o poder
A corrupção prospera
Pai mata filhos
Filho mata pai
E há rumores de guerra
Em muitos lugares
Espíritos de ansiedade, incerteza e angústia
Pairam, zombam e andam entre nós
Com efeito, o mundo jaz no Maligno
E a sua cultura de morte e mentira
Invade todos os cantos da terra
E corrompe mentes e corações
Arrebanhando povos inteiros
Para o seu exército de trevas e medo
Como filhos de Deus, a nossa espiritualidade
Não é a espiritualidade da nossa época
E o nosso mundo, o reino de Deus
Não tem parte, nem aliança
Com este mundo que jaz no Maligno
Que todo dia, diante de nós, desmorona no ar
Não somos escravos do espírito do mundo
Não somos filhos dessa cultura que aí está
Não somos servos do vazio do nosso tempo
Cidadãos do reino de Deus, eis o que somos
Peregrinos na terra, somos filhos da eternidade
Nossos valores transcendem os tempos
E o nosso coração não se alimenta, nem se farta
Nas fontes vulgares da cultura dos homens
A nossa influência espiritual
E a nossa inspiração de vida
Vem de outro lugar
Somos filhos do evangelho
Vivemos no mundo
Mas dele não somos filhos
O que nos ilumina é a luz de Deus
O que dá sabor ás nossas palavras
É a Palavra viva de Deus
Ele é o nosso Pai, e não há outro
É diante da cruz de Cristo
Porquanto, como está dito
“Não há salvação em nenhum outro
Pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome
Dado aos homens pelo qual devamos ser
salvos"
Que nos prostramos, adoramos, cremos e esperamos
Ele coloca as palavras da sua boca
Nas
profundezas do nosso coração
E nos protege com a concha da sua mão
Ele é o nosso Senhor e Salvador, e não há outro...
_VBMello
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